Senador pedirá desarquivamento do pedido de CPI da Lava Toga

Publicado em: 02/03/2019 às 07:00 | Atualizado em: 02/03/2019 às 11:49

O senador Alessandro Vieira (PPS-SE) está disposto a desarquivar o requerimento de sua autoria, que criava a CPI Lava Toga. O requerimento tinha assinaturas suficientes para investigar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, os senadores se sentiram ameaçado pela corte suprema e alguns deles retiraram a assinatura e o pedido foi arquivado.

Alessandro Vieira rebateu as críticas de que seu requerimento original não tinha “fato concreto”, conforme publicou O Antagonista, após entrevista com o senador.

“Havia 12 fatos narrados no corpo do requerimento. Mas, para deixar mais claro para aquelas pessoas que possam ter dificuldade, vamos elencar esses pontos no novo requerimento”, disse o senador.

Segundo ainda o Antagonista, de fato, a proposta original de Vieira — arquivada depois que três senadores retiraram o apoio – trazia exemplos de pontos como o uso abusivo de pedidos de vista ou expedientes processuais para retardar ou inviabilizar decisões do plenário, além da participação de ministros em atividades econômicas incompatíveis com a Lei Orgânica da Magistratura.

“Um ministro não pode ser dono de universidade nem megapalestrante de eventos patrocinados por demandantes da Justiça”, enfatizou Vieira.

Vieira defendeu que não há motivo para que a CPI não seja instalada e citou um dos exemplos da investigação: a mesada do presidente do STF, Dias Toffoli (na foto, com sua esposa Roberta Rangel, no dia da posse em 2009) revelada pela revista Crusoé, será objetivo de investigação se a CPI for instalada.

Toffoli nega que ministros da corte interferiram contra a CPI.

 

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Foto: U Detmar/SCO/STF/arquivo