Queda do FPM: aprovada na Câmara urgência para compensar municípios
Projeto aprovado assegura que municípios não terão repasses menores do FPM de 2024 a 2026 em relação a 2022.

Diamantino Junior
Publicado em: 13/12/2023 às 16:20 | Atualizado em: 13/12/2023 às 16:20
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12/12), a urgência para votar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 242 de 2023.
O projeto propõe que, de 2024 a 2026, nenhum município brasileiro receberá repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com valor inferior ao recebido em 2022.
A proposta, de autoria do deputado Zeca Dirceu (PT-PR), estabelece que o cálculo será realizado comparando o valor transferido no ano anterior, ajustado para a inflação, com os repasses dos anos subsequentes, desde que a diferença seja positiva.
O deputado Zeca Dirceu destacou que o projeto visa “preservar a capacidade” dos municípios para custear serviços e investimentos públicos.
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Além disso, o texto concede autorização ao Executivo para abrir crédito extraordinário a fim de atender à demanda.
Com a aprovação da urgência, a votação poderá ser realizada de forma acelerada, diretamente em plenário, sem a necessidade de passar por comissões temáticas.
Aumento do valor do Fundo
A Câmara dos Deputados pode vir a apoiar a proposta de emenda à Constituição (PEC), que aumenta em 1,5% o fundo de participação dos municípios (FPM).
Tal medida é uma das únicas saídas para estancar a queda vertiginosa nas receitas municipais de acordo com deputado federal Átila Lins (PSD-AM).
Por isso, o decano da Câmara dos Deputados foi à tribuna manifestar preocupação com a situação dos municípios brasileiros, especialmente com os 62 do Amazonas.
De acordo com o parlamentar, a redução da arrecadação municipal é principalmente do FPM, consequência da redução do IPI dos combustíveis no governo Bolsonaro.
E, por outro lado, no governo do presidente Lula da Silva, o Congresso tratou de aumentar a faixa de isenção do imposto de renda das pessoas físicas.
“Logo, todo esse bolo diminui e na distribuição à União, estados e municípios, vem a redução do FPM que está causando muitos transtornos aos municípios”, explicou.
Portanto, a queda dessa principal fonte de receita vem deixando os prefeitos do Norte, Nordeste, assim como de todo o país, à espera de uma providência do governo.
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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados