Fraude do INSS: ministro da CGU diz que ainda há material sigiloso a ser revelado
PF pode revelar novas fases da operação; governo vê risco de contaminação se dados forem expostos antes da hora.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 12/06/2025 às 16:09 | Atualizado em: 12/06/2025 às 16:09
Mesmo com a operação já deflagrada, a Polícia Federal ainda analisa documentos sigilosos sobre fraudes em descontos indevidos no INSS. O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, confirmou que novas etapas podem surgir durante entrevista para O Globo.
“Só vai acontecer surpresa quando a gente puder olhar esse material da Polícia Federal e torná-lo público”, afirmou ele. Para o ministro, é essencial evitar vazamentos neste momento: “A gente está falando de uma investigação sigilosa, que tem que lidar com uma questão muito específica, que é uma população vulnerável”.
Além disso, Carvalho defendeu o papel do governo e reafirmou que a apuração foi ágil. “Nós temos muita tranquilidade que nós apuramos isso com a rapidez e com a eficiência que era necessário”.
O escândalo envolve descontos indevidos na aposentadoria de milhões de beneficiários, sem autorização, feitos por entidades conveniadas ao INSS.
A estimativa, segundo o ministro, é de que os ressarcimentos ocorram até o fim do ano.
“Nossa expectativa é que a gente consiga até o fim do ano fazer estes ressarcimentos. Pelo menos é o que eu tenho ouvido do presidente do INSS. Eu acho que tem que ser feito o quanto antes, isso preocupa muito presidente Lula.”
Veja a entrevista completa no O Globo.
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Foto: Rafael Neddermeyer/Agência Brasil