Carla Zambelli e seu hacker sĂ£o indiciados por invadir site do CNJ

Para a PF, conduta da deputada foi 'incompatĂ­vel' com o mandato

Publicado em: 29/02/2024 Ă s 22:24 | Atualizado em: 29/02/2024 Ă s 22:35

A PolĂ­cia Federal concluiu o inquĂ©rito sobre a invasĂ£o do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), registrada em 4 de janeiro de 2023, e indiciou o hacker Walter Delgatti Neto e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por suspeita de terem cometido diversas vezes os crimes de invasĂ£o de dispositivo informĂ¡tico e falsidade ideolĂ³gica.

No hackeamento do CNJ, foram inseridos documentos falsos no sistema do JudiciĂ¡rio, como uma falsa ordem de prisĂ£o contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), imitando a assinatura dele mesmo.

O relatĂ³rio da PF serĂ¡ analisado pela Procuradoria-Geral da RepĂºblica (PGR), que decidirĂ¡ se denuncia ou nĂ£o Carla Zambelli ao STF.

Uma eventual denĂºncia, se recebida pelo JudiciĂ¡rio, marcaria o inĂ­cio da aĂ§Ă£o penal que pode levar Ă  condenaĂ§Ă£o ou absolviĂ§Ă£o. O relator dessa investigaĂ§Ă£o no STF Ă© Moraes.

Conforme o G1, o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, disse que ela nĂ£o fez nenhum pedido para Delgatti invadir o sistema do CNJ.

“A defesa da deputada Carla Zambelli conquanto ainda nĂ£o tenha analisado minuciosamente os novos documentos e o relatĂ³rio ofertado pela PolĂ­cia Federal, REFORÇA que ela JAMAIS fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões Ă  sistemas ou praticasse qualquer ilicitude”, afirmou o advogado.

Esse Ă© o primeiro inquĂ©rito concluĂ­do pela PF que envolve aliados prĂ³ximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em contextos de ataque Ă  democracia.

Leia mais no G1.

Foto: reproduĂ§Ă£o