Bolsonaro revoga decreto de privatização das UBS, e acusa incompreensão

Bolsonaro teve um dia de muita pressão e repercussão negativa para entregar UBS, unidades do SUS, para a iniciativa privada

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Da Redação do BNC Amazonas em Brasília 

Publicado em: 28/10/2020 às 17:04 | Atualizado em: 28/10/2020 às 18:27

Diante da alta repercussão negativa, o presidente da República, Jair Bolsonaro, revogou a privatização de UBS.

Conforme havia publicado em diário oficial hoje (28), ele determinava estudos para privatizar unidades básicas de saúde (UBS).

Dessa maneira, a porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde) passaria à iniciativa particular.

Contudo, diante da avalancha de reação negativa à ideia, Bolsonaro vai publicar a revogação ainda hoje. Portanto, vai precisar publicar um diário oficial extraordinário para isso.

De acordo com post do presidente em rede social, o espírito do decreto não foi compreendido. Ele não pretendia passar a porta de entrada do serviço público em saúde a empresas privadas. Sua intenção, conforme afirma, era buscar parcerias particulares para “construção, modernização e operação” das UBS.

Segundo escreveu, hoje há 4 mil UBS e 168 UPA (unidades de pronto-atendimento) inacabadas no país.

“Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal. O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União”, afirmou.

Quem primeiramente publicou essa informação foi a TV fechada CNN Brasil, repercutida com igual rapidez do ato de Bolsonaro.

Veja a repercussão negativa no G1.

 

O post do presidente

 

 

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Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República