‘Veja’ acusa assessor de Carlos Bolsonaro de tentativa de intimidação
A acusação da tentativa de intimidação foi contra repórter que tentou contato com Carlos para apurar o trabalho dos servidores do político

Publicado em: 19/11/2021 às 16:51 | Atualizado em: 19/11/2021 às 17:03
A revista Veja publicou uma reportagem, hoje (19), em que acusa o advogado Rogério Cupti de Medeiros Junior, assessor lotado no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), de tentativa de intimidação na Justiça contra uma repórter que tentou contato com ele para uma apuração sobre o trabalho dos atuais servidores do político. Procurado pelo UOL, Medeiros diz que respeita o trabalho jornalístico.
Em maio, o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do vereador (foto), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Carlos é investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio) desde julho de 2019 por suspeita de praticar rachadinha e nomear “funcionários fantasmas” —pessoas que não trabalhavam de fato em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio.
Outras 26 pessoas, incluindo ex-assessores, e sete empresas suspeitas também tiveram os sigilos quebrados. Na época, Carlos negou irregularidades.
Segundo a Veja, de posse da lista de funcionários atuais, uma equipe de reportagem foi em setembro ao gabinete do vereador na Câmara do Rio, mas ninguém atendeu — no atual regime da Casa, em razão da pandemia da covid (coronavírus), cada gabinete decide quem vai presencialmente ao trabalho e quem faz home office.
Veja informa que Medeiros defendeu Carlos em duas ações. Desde janeiro, ele é um dos assessores lotados no gabinete do vereador, conforme informações que constam no portal de transparência da Câmara. A reportagem diz ter tentado falar com o advogado entre os dias 8 e 15 de setembro — foi uma vez até a casa dele e telefonou três vezes.
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Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro