Tribunal mandar prender de novo deputados soltos por colegas

Publicado em: 21/11/2017 Ă s 13:38 | Atualizado em: 21/11/2017 Ă s 13:38
O Tribunal Regional Federal da 2ª RegiĂ£o (TRF2) expediu uma nova ordem de prisĂ£o e afastamento do cargo para os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.
Em sessĂ£o extraordinĂ¡ria ocorrida nesta terça-feira (21), os desembargadores da 1ª SeĂ§Ă£o acompanharam, por unanimidade, o voto do relator, desembargador Abel Gomes.
O relator considerou que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) extrapolou suas atribuições constitucionais, ao ordenar a libertaĂ§Ă£o dos trĂªs parlamentares apĂ³s votaĂ§Ă£o na Ăºltima sexta-feira (17), sem sequer comunicar o TRF2 da decisĂ£o.
Outro ponto criticado pelos magistrados foi o impedimento de entrada na Alerj, durante a votaĂ§Ă£o, de uma oficial de Justiça que trazia liminar obrigando a abertura das galerias da Casa a manifestantes.
Abel Gomes tambĂ©m defendeu que se oficie ao presidente do TRF2, desembargador AndrĂ© Fontes, caso a ordem nĂ£o seja cumprida, um requerimento de encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) de pedido de intervenĂ§Ă£o federal no estado do Rio de Janeiro.
Votaram com o relator os desembargadores Messod Azulay, Paulo EspĂrito Santo, Simone Schreiber e Marcelo Granado. O presidente da 1ª SeĂ§Ă£o, desembargador Ivan AthiĂ©, nĂ£o votou.
PrisĂ£o 24 horas
Picciani, Melo e Albertassi ficaram presos cerca de 24 horas, no Ă¢mbito da OperaĂ§Ă£o Cadeia Velha, por recebimento de propinas de empresas de Ă´nibus, tendo cada um deles, individualmente, se apresentado para a PolĂcia Federal no final da tarde de quinta-feira (16) passada, e foram soltos no final da tarde do dia seguinte, apĂ³s a decisĂ£o da AssemblĂ©ia Legislativa do Rio de Janeiro.
ApĂ³s a votaĂ§Ă£o da Alerj, o TRF2 determinou o bloqueio de R$ 270 milhões, em dinheiro e bens, equivalente ao que teriam recebido para favorecer as empresas.
Os trĂªs parlamentares entraram com pedido de licença atĂ© fevereiro.
Os advogados dos deputados nĂ£o tiveram a palavra para fazer sustentaĂ§Ă£o oral.
Outro lado
O advogado NĂ©lio Machado, que defende Picciani, considerou a decisĂ£o do TRF2 “ilegal, inconstitucional e infeliz”. Ele disse que irĂ¡ recorrer Ă instĂ¢ncia superior. As demais defesas saĂram da sessĂ£o do TRF2 sem falar com a imprensa.
Fonte: AgĂªncia Brasil
Foto: DivulgaĂ§Ă£o/TRF2