Toffoli reforça posiĂ§Ă£o: “Forças Armadas nĂ£o sĂ£o poder moderador”

Conforme o ministro, as Forças Armadas foram chamadas para exercer esse poder moderador, mas "ficaram no poder por 20 anos"

Publicado em: 21/06/2020 Ă s 09:35 | Atualizado em: 21/06/2020 Ă s 09:35

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, defendeu o papel da corte como guardiĂ£ da ConstituiĂ§Ă£o Federal.

Conforme o ministro, nĂ£o Ă© mais possĂ­vel dizer que as Forças Armadas sĂ£o um poder moderador.

Toffoli fez as declarações em palestra virtual para juristas e estudantes de Direito na manhĂ£ deste sĂ¡bado (20).

Na ocasiĂ£o, ele disse que o artigo 142 da ConstituiĂ§Ă£o tem sido equivocadamente interpretado. Dessa forma, para atribuir Ă s Forças Armadas uma possĂ­vel funĂ§Ă£o de instituiĂ§Ă£o moderadora.

“Quem Ă© o guarda da ConstituiĂ§Ă£o Ă© o Supremo Tribunal Federal. NĂ£o Ă© mais possĂ­vel Forças Armadas como poder moderador”, disse.

O ministro afirmou ainda que a ConstituiĂ§Ă£o de 1988 trouxe uma nova realidade cultural para o Brasil, “pela sua participaĂ§Ă£o e pelo pacto que se construiu”.

“Obviamente que todos tĂªm de cumprir a ConstituiĂ§Ă£o e todos sĂ£o guardiões da ConstituiĂ§Ă£o. Mas o guardiĂ£o Ăºltimo Ă© o STF”, declarou.

Dias Toffoli reforçou que, em 1964, as Forças Armadas “foram chamadas para exercer esse poder moderador”, mas “ficaram no poder por 20 anos”.

Durante o debate, Toffoli minimizou, no entanto, a responsabilidade das Forças Armadas pelo golpe de 1964.

Citando juristas, argumentou que foi “conveniente”, tanto para a esquerda quanto para a direita, “colocar toda a responsabilidade” do “movimento” sobre as Forças Armadas.

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Foto: Carlos Moura/SCO/STF