Tarso Genro discorda de Lula lançar candidaturas sem ouvir aliados

Ex-ministro petista, Genro diz disse que “essa não é a melhor visão para os tempos que estamos vivendo”, após a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência.

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Publicado em: 07/02/2020 às 14:26 | Atualizado em: 07/02/2020 às 14:26

O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro disse à Veja que é equívoco o PT lançar candidaturas próprias na maior parte das capitais e cidades estratégicas do Brasil sem ouvir aliados. 

Genro (na foto com Lula) se referiu à determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que quer usar as eleições municipais deste ano para recuperar o capital eleitoral do partido antes do pleito presidencial de 2022.  

A estratégia, no entanto, soa como um equívoco para o ex-governador gaúcho. 

Em entrevista à Veja, Genro disse que “essa não é a melhor visão para os tempos que estamos vivendo”, após a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República.  

O ex-ministro de Lula afirma que está em “posição minoritária” no PT por defender que a formação de alianças deveria se pautar pelo conteúdo programático, e não pela escolha dos nomes dos candidatos ou das siglas às quais eles pertencem. 

Genro passou os últimos dois anos articulando negociações para que o PT apoiasse as candidaturas de Marcelo Freixo (Psol) à prefeitura do Rio de Janeiro e de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre.  

Nos bastidores, segundo a revista, Lula fez correr que a parceria só será consumada se os partidos se aliarem ao PT em São Paulo com a retirada de suas pré-candidaturas. “Se fizerem isso, será um erro burocrático brutal. Mais um”, critica Genro. 

Leia a entrevista de Genro na Veja 

 

Foto: Ricardo Stuckert Filho/Instituto Lula