Servidora assinava cheques em nome do então deputado Flávio Bolsonaro

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Publicado em: 22/02/2019 às 14:51 | Atualizado em: 22/02/2019 às 14:51

A situação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) começa a se complicar mais ainda após a descoberta de que o cheque dele, enquanto deputado estadual, era assinado por uma assessora, irmã de milicianos. As informações são do Correio Braziliense, citando o Estadão e IstoÉ, edição desta sexta-feira, dia 22.

Valdenice de Oliveira Meliga, irmã dos milicianos Alan e Alex Rodrigues Oliveira, presos na operação “Quarto Elemento” do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio de Janeiro, assinou cheques de despesas da campanha em nome do então deputado estadual e atual senador, Flávio Bolsonaro.

O parlamentar afirma que “repudia” a reportagem, que chama de “ilação irresponsável”

A reportagem obteve dois cheques: um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil. Dona de uma empresa de eventos, a Me Liga Produções e Eventos, Val era uma das pessoas a quem o filho do presidente Jair Bolsonaro deu procuração, conforme documento enviado à Justiça Eleitoral, para cumprir a tarefa.

De acordo com a publicação, Val é apontada pela IstoÉ como mais um dos elos de ligação do senador com milícias do Rio de Janeiro, com o suposto uso de “laranjas” e expedientes na campanha para fazer retornar ao partido dinheiro do fundo partidário.

 

Outra funcionária

De acordo com a reportagem, um dos cheques assinados por Val, no valor de R$ 5 mil, é destinado à empresa Alê Soluções e Eventos Ltda, que pertence a Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira.

OutraO pagamento seria referente ao serviço de contabilidade das contas de Flávio Bolsonaro.

Ocorre, porém, que Alessandra era também funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), com um salário de R$ 5,1 mil.

Estava vinculada ao escritório da liderança do PSL na Alerj, exercida por Flávio.

E, na época da campanha eleitoral, exercia a função de primeira tesoureira do partido.

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Foto: Divulgação/Assessoria parlamentar