Reforma tributĂ¡ria aprovada na CĂ¢mara, veja o que muda
O projeto agora segue para a sanĂ§Ă£o do presidente Lula, que tem 15 dias Ăºteis para sancionĂ¡-lo ou vetĂ¡-lo, total ou parcialmente

Publicado em: 17/12/2024 Ă s 19:50 | Atualizado em: 17/12/2024 Ă s 20:01
A reforma tributĂ¡ria aprovada pela CĂ¢mara dos Deputados nesta terça-feira (17) traz mudanças significativas para o sistema de arrecadaĂ§Ă£o de impostos no Brasil.
O projeto agora segue para a sanĂ§Ă£o do presidente Lula da Silva (PT), que tem 15 dias Ăºteis para sancionĂ¡-lo ou vetĂ¡-lo, total ou parcialmente.
A principal proposta Ă© a simplificaĂ§Ă£o tributĂ¡ria, com a extinĂ§Ă£o de tributos como PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS, que serĂ£o substituĂdos por trĂªs novos impostos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), compartilhado entre estados e municĂpios; a CBS (ContribuiĂ§Ă£o sobre Bens e Serviços), que substituirĂ¡ PIS e Cofins; e o IS (Imposto Seletivo), para taxar determinados produtos.
O IBS e a CBS começam a ser testados em 2026, com a implementaĂ§Ă£o plena prevista para 2033.
O novo sistema prevĂª tambĂ©m a criaĂ§Ă£o do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que unificarĂ¡ o CBS e o IBS, com alĂquota ainda indefinida. Esse imposto serĂ¡ cobrado no destino e deve impactar diretamente bens e serviços.
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A alĂquota do IVA gerou divergĂªncias entre deputados e senadores, com o relator da CĂ¢mara, Reginaldo Lopes (PT-MG), defendendo uma alĂquota de 26,5%, enquanto o senador Eduardo Braga (MDB-AM) argumenta que essa proposta elevaria a carga tributĂ¡ria.
AlĂ©m disso, a reforma mantĂ©m o Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, retoma uma lista de medicamentos com tributaĂ§Ă£o reduzida e restabelece a substituiĂ§Ă£o tributĂ¡ria, que permite que empresas paguem impostos em nome de outras.
As mudanças serĂ£o implementadas de forma gradual atĂ© 2033, com a extinĂ§Ă£o do ICMS e ISS ocorrendo por Ăºltimo.
Com a reforma, o governo espera simplificar a burocracia tributĂ¡ria, melhorar a transparĂªncia e, eventualmente, reduzir a carga tributĂ¡ria para alguns setores.
No entanto, a transiĂ§Ă£o gradual exige monitoramento atento dos impactos sobre empresas e consumidores.
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Foto: Vinicius Loures/CĂ¢mara dos Deputados