Recibos de Lula são “ideologicamente falsos” e MPF pede perícia

Publicado em: 06/10/2017 às 15:57 | Atualizado em: 06/10/2017 às 15:57
Em petição apresentada ao juiz federal Sérgio Moro, a força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que os recibos de pagamento de aluguel apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são “ideologicamente falsos” e foram confeccionados após o início das investigações para “dar falso amparo à locação simulada do apartamento” vizinho àquele em que mora o ex-presidente.
No documento, o Ministério Público Federal no Paraná pede que os recibos passem por perícia grafoscópica e que Glaucos da Costamarques, dono do imóvel, e o técnico em contabilidade João Muniz Leite, responsável pelos recibos, prestem depoimento.
O Ministério Público acusa o ex-presidente de receber vantagens indevidas oriundas de fraudes em contratos da Petrobrás.
Para a força-tarefa da Lava Jato, Lula seria o verdadeiro dono do apartamento vizinho ao dele, localizado em São Bernardo do Campo (SP).
Glaucos da Costamarques, proprietário do imóvel, seria um “laranja”.
Glaucos é sobrinho do empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula e preso na Lava Jato.
Inicialmente, o apartamento foi alugado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ainda quando Lula era chefe do governo, para ser usado pelos policiais responsáveis pela segurança do então presidente.
Já a defesa do ex-presidente argumenta que os recibos comprovam que o aluguel do imóvel foi uma relação contratual entre a família de Lula e Glaucos.
Os advogados de Lula afirmam ainda que parentes e colaboradores de Lula fizeram diligências para encontrar os recibos (na foto, uma cópia com data inexistente no calendário) após pedido feito pelo juiz Sérgio Moro durante depoimento prestado por Lula, em Curitiba.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Reprodução/Folha Política