PGR rebate defesa de senadores do MDB em denúncia que dorme no STF

Denúncia

Publicado em: 18/04/2018 às 06:47 | Atualizado em: 18/04/2018 às 06:47

A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, rebateu alegações da defesa de quatro senadores do MDB, dois ex-senadores e três executivos de empreiteiras envolvidos em denúncia de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro entre 2008 e 2012 com a Transpetro, braço de logística e transporte da Petrobrás.

Essas réplicas dos acusados são sobre a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2017, até agora ainda não analisada. A base da denúncia do envolvimento dos senadores medebistas é a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Pivô do esquema investigado, Machado não fez contestações à denúncia da PGR. E disse que reafirma “integralmente as declarações prestadas até o momento e o seu compromisso de cooperar com as investigações em curso”.

O texto da PGR rebate as alegações dos senadores Renan Calheiros, Garibaldi Alves Filho, Romero Jucá e Valdir Raupp; do ex-presidente da República José Sarney; dos administradores da NM Engenharia e da NM Serviços Luiz Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo; e do executivo da Odebrecht Ambiental Fernando Reis.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, houve repasse de verbas para o então PMDB (hoje MDB) e diretórios do partido pela NM Engenharia e Odebrecht.

Os senadores e o ex-presidente do Senado intermediaram vantagem indevida a Machado. A contrapartida veio em forma de doação de dinheiro para diretórios estaduais e municipais do PMDB, indicados pelos políticos do partido.

Dodge defende o inquérito no STF afirmando que “os fatos narrados na denúncia amparam-se em provas independentes, obtidas durante a investigação, aptas a confirmar as declarações dos colaboradores”.

Leia a íntegra da réplica.


Fotos: Reprodução/internet