PGR prorroga trabalhos da Lava Jato no Paraná e no Rio de Janeiro
A atuação conjunta entre forças-tarefa da Lava Jato e o Gaeco faz parte de uma transição iniciada pela PGR.

Publicado em: 07/12/2020 às 21:13 | Atualizado em: 07/12/2020 às 21:13
A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou, nesta segunda-feira (7), ter prorrogado os trabalhos das forças-tarefa da operação Lava Jato nos estados do Paraná e do Rio de Janeiro.
Pela decisão da PGR, entretanto, as atividades dos procuradores do Paraná serão estendidas até outubro do ano que vem. Já os procuradores do Rio tiveram a atuação prorrogada até o fim de janeiro. As informações são do G1.
Ainda conforme a decisão, a Lava Jato no Paraná terá que atuar em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Essa unidade de combate à corrupção foi criada, portanto, há quatro meses. Com isso, 19 integrantes do MPF passam a cuidar dos mais de 400 casos em apuração.
Em relação ao RJ, contudo, a procuradoria ainda trabalha para fazer com que a unidade do MPF passe a contar com uma unidade do Gaeco. Dessa maneira, garantirá a integração entre os grupos.
Na prática, portanto, os integrantes do Gaeco passam a atuar também nos casos da Lava Jato.
A atuação conjunta entre forças-tarefa e Gaeco faz parte de uma transição iniciada pela PGR.
A ideia é que, no longo prazo, sejam criadas novas unidades de combate à corrupção no Ministério Público Federal. Serão chamadas de novos ofícios, que no longo prazo passem a assumir o acervo da operação.
“Corrigir rumos”
Em julho deste ano, causou repercussão a fala do procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), sobre “corrigir rumos” da Lava Jato.
Ao participar de um debate virtual, promovido por um grupo de advogados, Aras disse: “Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”.
“Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção”, prosseguiu Aras.
O procurador falou ainda em fortalecer a investigação científica. “Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica”. Dessa forma, Aras concluiu: “Acima de tudo (a investigação científica) visa respeitar direitos e garantias fundamentais”.
Na ocasião, a força-tarefa da Lava Jato no Paraná informou que há “ataques genéricos e infundados às atividades de procuradores da República”. E foi em frente em sua defesa ao afirmar que há “tentativas de interferir no seu trabalho independente”.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/arquivo