PGR pede que omissão de Pazuello no AM caia para primeira instância

Ao ser tirado do ministério, o general da ativa do Exército perdeu o foro privilegiado do cargo. Hoje é investigado pela Polícia Federal

Primeira instância Pazuello volta ao AM para tratar da crise com governador e prefeitos

Publicado em: 24/03/2021 às 13:36 | Atualizado em: 24/03/2021 às 13:36

A suposta omissão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na crise da segunda onda do coronavírus (covid) no Amazonas pode parar na primeira instância da Justiça.

Pelo menos é o que pediu a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). É que Pazuello, demitido do cargo de ministro, perdeu foro privilegiado do cargo.

Quem vai decidir esse rebaixamento à primeira instância é o relator do caso no STF, ministro Ricardo Lewandowski.

Pazuello está sendo investigado pela Polícia Federal. Pesa contra ele acusação de que foi avisado da iminente falta de oxigênio em Manaus, mas não agiu a tempo de evitar dezenas de mortes.

Em síntese, além da omissão, o general mandou cloroquina a Manaus, seguindo a receita de “tratamento precoce” prescrita pelo chefe Jair Bolsonaro.

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Ex-chefe também denunciado

Nesta quarta (24), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu à PGR que denuncie o presidente Jair Bolsonaro no STF.

O motivo é que ele teria cometido quatro crimes previstos no Código Penal durante a pandemia da covid-19.

A denúncia é uma acusação formal de crime. Segundo a OAB, Bolsonaro deve responder por expor a perigo a vida ou saúde de outras pessoas; infringir medidas sanitárias; empregar irregularmente verbas públicas; e prevaricar no exercício do cargo.

Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom