PGR agora parte para denunciar citados na “delação do fim do mundo”

Publicado em: 30/01/2017 às 10:48 | Atualizado em: 30/01/2017 às 10:48
Homologada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que torna oficiais os depoimentos de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, os próximos passos dentro da operação Lava Jato serão a abertura de novos inquéritos e denúncias pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A partir disso, os procuradores decidirão contra quem serão apresentadas denúncias à Justiça. Cabe ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analisar essas delações.
“O que pode acontecer agora é a abertura de novos inquéritos, a distribuição das informações recebidas em inquéritos já abertos ou, ainda, o encaminhamento a outras instâncias do Ministério Público Federal”, informa a PGR em nota.
Uma vez feitas as denúncias, caberá ao relator do processo no STF decidir se elas devem ser aceitas ou não. Era a função de Teori Zavascki.
O ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht pagou mais de R$ 113 milhões em propinas a políticos.
Ele e outros executivos da empreiteira aceitaram colaborar com a Justiça nas investigações em troca de terem suas punições atenuadas.
Já se sabe que ao menos uma das delações, feita por Claudio Melo Filho, cita mais de 50 políticos, entre eles o presidente Michel Temer e outros integrantes do primeiro escalão do governo federal, como o senador e presidente do PMDB, Romero Jucá.
Em listas vazadas no início de 2016 aparecem pelo menos dois nomes de políticos do Amazonas, o atual prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), que atendia pelo codinome “Kimono”, e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), a “Ela”.
“Manter uma relação frequente de concessões financeiras e pedidos de apoio, em típica situação de privatização indevida de agentes políticos em favor de interesses empresariais nem sempre republicanos”, era o interesse da Odebrecht ao corromper os políticos corruptos.
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Foto: AFP_MSN/BBC