PF investiga desvio do Fundo Eleitoral com apreensão no PSL

Publicado em: 29/04/2019 às 13:53 | Atualizado em: 29/04/2019 às 13:53

Depois de vários meses da denúncia de que candidatos do PSL desviaram verba do Fundo Eleitoral na campanha de 2018, a Polícia Federal cumpriu, nesta segunda-feira (29), sete mandados de busca e apreensão em endereços que seriam sede do partido em Minas Gerais. As informações são do Congresso em Foco.

A ação faz parte da Operação “Sufrágio Ostentação” deflagrada para investigar suspeita de desvio de recursos do Fundo Eleitoral que deveriam ter sido aplicados em campanhas de candidatas na última eleição.

Segundo nota da Polícia Federal, os mandados foram expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, dois deles foram cumpridos na capital, dois na cidade de Contagem, um em Coronel Fabriciano, um em Ipatinga e um outro em Lagoa Santa.

Foram apreendidos também documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.

A PF não divulgou mais detalhes sobre o andamento da investigação e da operação de busca desta segunda.

O PSL ainda não se posicionou sobre a operação.

 

Deputada processada

O caso das candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, começou a ser investigado em fevereiro e envolve o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (foto), que comandava o diretório do partido em Minas Gerais durante a campanha de 2018.

A deputada Alê Silva, também do PSL, chegou a denunciar que estaria sofrendo ameaças por parte do ministro já que ela investigou por conta própria o suposto esquema de candidaturas laranjas.

O ministro Marcelo Álvaro Antônio nega as ameaças a argumenta que a deputada faz campanha difamatória contra ele em busca de espaço na legenda.

Na semana passada, em suas redes sociais, Alê confirmou que está sendo processada pelo ministro.

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Foto: Valter Campanato/ABr