Operação da PF mira quem não recadastrou armas em todo o país

A operação será uma linha permanente de trabalho da PF, e as armas de fogo dos indivíduos que não preenchem requisitos legais de idoneidade para tê-las serão apreendidas.

Publicado em: 04/05/2023 às 13:44 | Atualizado em: 04/05/2023 às 13:44

Nesta quinta-feira (04/5), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para prender indivíduos que não recadastraram suas armas de fogo dentro do prazo, que se encerrou na quarta-feira (03/5), e que também possuem mandados de prisão em aberto por crimes violentos ou dívidas de pensão alimentícia. A reportagem é dos jornalistas Isabela Camargo, José Vianna, Vladimir Netto e Fábio Amato, da GloboNews e TV Globo, publicada no portal g1.

De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, a operação será uma linha permanente de trabalho da PF, e as armas de fogo dos indivíduos que não preenchem requisitos legais de idoneidade para tê-las serão apreendidas.

A PF ressalta que pessoas com mandados de prisão em aberto não têm o direito de possuir armas de fogo.

Além disso, após o término do prazo de recadastramento, a centralização dos cadastros de armas de fogo no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), sob controle da PF, registrou um total de 939.154 armas cadastradas, quase 6 mil a mais que os 933.233 registros anteriores no sistema Sigma, do Exército, que será descontinuado.

Apesar do grande número de armas recadastradas, há ainda 6.168 armas de uso restrito que não foram recadastradas, e o ministro da Justiça afirma que “serão adotadas as providências legais” nesses casos.

É importante ressaltar que o recadastramento das armas não extingue a necessidade de que o proprietário atenda a requisitos específicos para comprar, manter, transportar e andar com as armas em área pública.

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Além disso, a PF também deve focar, com prioridade, nos cadastros não renovados de pessoas com grandes arsenais e armas de grosso calibre.

A partir de agora, a Polícia Federal irá atrás de todos que não cumpriram a determinação de recadastrar suas armas, mas as operações serão divididas para atender a prioridades, como os mandados em aberto e os grandes arsenais.

Foto: reprodução PF