Pelada com a cabeça de Bolsonaro como bola causa fúria de apoiadores
Formado em 2001 por grafiteiros, fotógrafos e ativistas, o Indecline é conhecido por realizar projetos com o objetivo chocar a opinião pública

Publicado em: 23/09/2020 às 18:44 | Atualizado em: 23/09/2020 às 18:51
A pelada com a cabeça do presidente Jair Bolsonaro faz parte do projeto “Freedom Kick”. O chute da liberdade é uma ação do coletivo americano de arte de rua Indecline.
A iniciativa promove partidas de futebol amador em que as bolas são réplicas de silicone de cabeças de líderes que o grupo define como populistas.
No entanto, depois da divulgação do vídeo brasileiro no Instagram, seus integrantes passaram a receber ameaças de morte, uma resposta que já era esperada, segundo um membro do projeto.
Além do brasileiro, já entraram em campo o russo Vladimir Putin e o americano Donald Trump.
Conforme um representante anônimo do Indecline, o futebol tem peso maior do que a religião, mesmo fora da época da Copa do Mundo.
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Portanto, o esporte foi escolhido para criticar líderes que o grupo considera ousados e descarados.
A pelada aconteceu em São Paulo com operários e pessoas que discordam do atual governo, mas não necessariamente jogadores de futebol, afirmou a fonte anônima.
Dessa forma, foram necessários dois meses para a feitura da cabeça de Bolsonaro, que pesa cerca de dois quilos.
Formado em 2001 por grafiteiros, fotógrafos e ativistas, o Indecline é conhecido por realizar projetos com o objetivo chocar a opinião pública.
Há 143 mil comentários no post do vídeo no Instagram, muitos afirmam que o grupo desrespeitou Bolsonaro e ameaçam seus integrantes de prisão.
“Ele [Bolsonaro] se ofende com homossexualidade, feminismo e socialismo, mas fica excitado com toda fantasia de violência contra seus oponentes políticos. Mas os oponentes não são tão rígidos e trazem alegria e movimento à sua resistência, que fez de brasileiros como Pelé um ícone em todo o mundo”, escreve o Indecline.
Foto: Reprodução/Instagram