PCC é suspeito de atentado, mas OAB veta investigar advogado de Adélio

Publicado em: 01/03/2019 às 15:22 | Atualizado em: 01/03/2019 às 15:22
As investigações do atentado ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), em 6 de setembro de 2018, entram na fase conclusiva e focam na direção da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem base em São Paulo e conexão nos demais estados.
No entanto, o desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu, nessa quinta-feira (28), a apuração da PF em que foi autorizada a busca e apreensão contra o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, coordenador da defesa de Adélio Bispo, responsável pelo atentado cometido contra Bolsonaro (na foto, com jornalistas, conta ter ouvido áudios).
O setor de Inteligência do governo captou conversas a respeito do ataque a Bolsonaro em Juiz de Fora (MG), durante campanha eleitoral, e o áudio foi levado à vítima da facada que quase morreu.
Um dos focos também do inquérito é saber se a facção criminosa financiou, no caso, a defesa de Adélio Bispo, o autor da facada.
Bolsonaro relatou nessa quinta-feira, dia 28, durante café da manhã com alguns jornalistas no Palácio do Planalto, ter ouvido os áudios.
Na ocasião, o presidente não mencionou ter recebido o material da Polícia Federal.
O jornal O Estado de S. Paulo não foi convidado para o encontro.
O Estado apurou que o presidente teve acesso ao material da PF em encontro no Planalto na segunda-feira (25).
Estavam presentes na reunião o delegado federal responsável pelo caso, Rodrigo Morais, o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o superintendente da PF em Minas Gerais, o delegado Cairo Costa Duarte.
Antes da reunião, Moro disse à imprensa que o presidente seria informado do andamento do inquérito, ainda sem conclusão.
“O presidente é a vítima, então, é interessado. Então, será apresentado a ele o resultado da investigação até o momento”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública na ocasião.
Foto: Reprodução/TV NBR