Pará quer que TSE decida questão do aumento de vagas de deputados

Governo quer garantir redistribuição de deputados com base no Censo antes das eleições.

Câmara aprova criação de 200 cargos para STF

Publicado em: 01/08/2025 às 18:27 | Atualizado em: 01/08/2025 às 18:27

O governo do Pará entrou com novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualize o número de deputados federais por estado a tempo das eleições de 2026. A medida ocorre após o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que ampliava o total de cadeiras na Câmara de 513 para 531.

Segundo o Executivo paraense, o Congresso descumpriu o prazo fixado pelo STF em 2023 para adequar a representação dos estados com base no Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a responsabilidade pela redistribuição das vagas agora recai sobre o TSE, conforme prevê a decisão da Corte.

“Passado o prazo conferido ao Congresso Nacional para legislar sobre a matéria e não tendo sido aprovada a legislação correlata, persiste a mora legislativa, de sorte que o Estado do Pará vem à presença de Vossa Excelência requerer seja formalmente provocado o Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou o governo do estado no pedido enviado nesta quinta-feira (31).

O pedido será analisado pelo ministro Luiz Fux, relator do caso.

STF já havia estabelecido prazos

A decisão do STF foi tomada em 2023, com base no Censo populacional. O tribunal determinou que o Congresso deveria aprovar até 30 de junho de 2025 a nova composição da Câmara, mantendo o total de 513 deputados, mas redistribuindo as vagas entre os estados de forma proporcional.

O projeto aprovado pelos parlamentares alterava esse total, o que gerou críticas e levou Lula a vetá-lo por “falta de responsabilidade fiscal”. Assim, conforme estabelecido pelo Supremo, caberá ao TSE revisar a divisão até 1º de outubro de 2025.

Cadeiras já começaram a mudar

Nesta quarta-feira (30), a Câmara dos Deputados oficializou a perda de mandato de sete parlamentares após revisão da proporcionalidade. O Amapá foi o estado mais afetado, com quatro cadeiras perdidas. Distrito Federal, Tocantins e Rondônia também tiveram mudanças.

Confira quem perdeu e quem assumirá:

Perdem mandato:
• Augusto Puppio (MDB-AP)
• Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
• Lebrão (União-RO)
• Lázaro Botelho (PP-TO)
• Professora Goreth (PDT-AP)
• Sílvia Waiãpi (PL-AP)
• Sonize Barbosa (PL-AP)

Assumem mandato:
• André Abdon (PP-AP)
• Paulo Lemos (PSOL-AP)
• Rafael Fera (Podemos-RO)
• Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
• Tiago Dimas (Podemos-TO)
• Aline Gurgel (Republicanos-AP)
• Professora Marcivania (PCdoB-AP)

Os novos deputados ainda precisam prestar juramento em sessão deliberativa. A Câmara retoma os trabalhos na próxima semana.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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