País ansioso pelo voto de Fux após ser poupado por Trump como bolsonarista
Ministro era o único que ainda não havia se manifestado sobre as restrições a Bolsonaro

Publicado em: 19/07/2025 às 12:50 | Atualizado em: 19/07/2025 às 15:00
Quatro dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram a favor da manutenção das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
O único que ainda não havia se manifestado era o ministro Luiz Fux. O julgamento, que começou na sexta-feira (18), ocorre no plenário virtual e vai até segunda-feira (21).
O relator do caso, Alexandre de Moraes, foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, este último apenas seguiu o voto do relator, sem apresentar manifestação própria.
As medidas cautelares fazem parte de uma investigação aberta pela Polícia Federal em 11 de julho, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas contra produtos brasileiros.
A PF suspeita que Bolsonaro tenha incentivado ações que atentam contra a soberania nacional, ao supostamente buscar apoio de um governo estrangeiro para pressionar instituições brasileiras e interferir em processos judiciais.
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Em seu voto, Moraes apontou “postagens atentatórias à Soberania Nacional” e possível tentativa de intimidação ao Judiciário.
Dino, por sua vez, afirmou que o caso representa uma forma inédita de coação, com o uso de pressões econômicas como “sequestro da economia” para interferir em decisões judiciais.
Já Cármen Lúcia destacou que as medidas são necessárias para garantir o devido processo legal e a segurança pública.
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Foto: Carlos Moura/SCO/STF