Operação desmonta organização acusada de garimpo ilegal na terra ianomâmi

Segundo a PF, o grupo ocultava o patrimônio através envios de remessas de dinheiro para o exterior usando identidades falsas e operações de câmbio ilegal

Publicado em: 19/05/2022 às 15:46 | Atualizado em: 20/05/2022 às 09:15

A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira (19) a operação Urihi Wapopë 2 em Roraima, contra uma organização acusada de extração ilegal de ouro e cassiterita em garimpos na Terra Indígena Ianomâmi. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na casa dos envolvidos, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal.

De acordo com as investigações, a organização está ligada a empresas de táxi aéreo, entre as quais uma possui ao menos 20 helicópteros, supostamente utilizados para o transporte do minério extraído ilegalmente.

Segundo a PF, o grupo também ocultava o patrimônio através de transferências de bens para terceiros, com envios de remessas de dinheiro para o exterior usando identidades falsas e operações de câmbio ilegal.

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A investigação mostra ainda, que os envolvidos criaram uma empresa fantasma para esconder a movimentação financeira ilícita.

O nome da operação, Urihi Wapopë, significa comedores de terra. A 2ª fase faz alusão ao nome usado pelos povos ianomamis para se referirem aos garimpeiros, que invadem a região, destroem as áreas de floresta, próximas aos rios, em busca de minério.

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Foto: ISA