Nova ministra do Trabalho foi citada em delação de receber R$ 200 mil

Publicado em: 03/01/2018 às 19:10 | Atualizado em: 03/01/2018 às 19:10
Já surgiu a primeira suspeita de que a nova ministra do Trabalho, a deputada Cristiane Brasil (PRB-RJ), foi citada na operação Lava Jato, de ter recebido R$ 200 mil.
Ela nega e afirmou que não há prova.
Escolhida pelo presidente Michel Temer (PMDB) para assumir o ministério, a deputada foi citada na delação da Odebrecht.
A parlamentar é filha do ex-deputado Roberto Jefferson (foto), condenado a sete anos e 14 dias de prisão no processo do Mensalão, do qual foi o pivô.
As declarações que atingiram Cristiane Brasil foram tornadas públicas em abril do ano passado.
Na ocasião, a deputada registrou que o Supremo Tribunal Federal não havia solicitado investigação contra ela.
“Não há nada a meu respeito senão um comentário sem qualquer prova feito por um dos delatores da operação”, afirmou.
Cristiane Brasil foi delatada pelo executivo Leandro Andrade, um dos delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato.
O empreiteiro relatou ao Ministério Público Federal um episódio que classificou como ‘pitoresco’, supostamente ligado à deputada.
A propina
Segundo o delator, a pedido do deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) foram entregues R$ 200 mil à Cristiane Brasil em 2012.
O dinheiro foi repassado pelo próprio executivo, afirmou à Lava Jato. A parlamentar nega enfaticamente ter recebido valores ilícitos.
Andrade narrou que os R$ 200 mil foram retirados de um saldo supostamente acertado por outro executivo-delator da Odebrecht, Benedicto Junior, o “BJ”, no primeiro semestre de 2012, com Eduardo Paes (PMDB), como contribuição eleitoral para a campanha do peemedebista à reeleição para a prefeitura do Rio.
Fonte: News Atual
Foto: André Dusek/Estadão/arquivo