No governo Bolsonaro, dívida das igrejas com a União dobrou
Entre as maiores devedoras: a Igreja Evangélica Mundial do Poder de Deus e a Internacional da Graça de Deus, que pertence ao missionário R. R Soares.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 17/11/2022 às 16:21 | Atualizado em: 17/11/2022 às 16:31
Durante o governo Bolsonaro, dívida das igrejas com a União dobrou. Conforme a Agência Pública, na reportagem de Bruno Fonseca, Matheus Santino, Mariama Correia, Nathallia Fonseca.
Segundo a publicação, dos atuais R$ 2,15 bilhões de débitos tributários, mais da metade (R$ 1,13 bilhão) foi inscrita na dívida ativa da União entre os anos de 2019 e 2022.
Dessa forma, o maior devedor é o Instituto Geral de Assistência Social Evangélica (Igase), que acumula débito de R$ 555 milhões.
Além disso, entre as maiores devedoras também estão grandes congregações lideradas por aliados próximos de Bolsonaro.
Por exemplo, a Igreja Evangélica Mundial do Poder de Deus e a Internacional da Graça de Deus, que pertence ao missionário R. R Soares (Romildo Ribeiro Soares).
Assim, elas acumulam dívidas de R$ 136,5 milhões e R$ 30,8 milhões, respectivamente. Ambas mantêm canais de televisão e empresas de mídia.
Da mesma forma, a Convenção da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Paraná e Sudoeste de Santa Catarina (CIADESCP), que atua na implantação e apoio das igrejas da denominação na região, está entre as cinco maiores devedoras na lista da Receita Federal, com dívida de R$ 48,9 milhões.
Assim como, a própria sede nacional da Assembleia de Deus também aparece nos dados da Receita Federal com uma dívida de R$10,3 milhões.
Ainda de acordo com a reportagem, outras convenções da Assembleia de Deus – maior denominação evangélica do país – também estão entre as devedoras.
Ou seja, na lista da Receita, a convenção de São Paulo tem R$ 15,8 milhões em dívidas e o Ministério de Madureira, que pertence ao bispo Manoel Ferreira, presidente Vitalício da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil e político filiado ao Partido Social Cristão (PSC), R$ 15,5 milhões.
Leia a reportagem completa em Agência Pública.
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Foto: Reprodução/Facebook