Telegram entrega dados de neonazistas Ă PF apĂ³s ordem judicial
A medida foi tomada apĂ³s a Justiça exigir os elementos em atĂ© 24 horas sob pena de suspensĂ£o da plataforma no paĂs e multa diĂ¡ria de R$ 100 mil.

Publicado em: 22/04/2023 Ă s 12:26 | Atualizado em: 22/04/2023 Ă s 12:26
Nesta sexta-feira (21/4), o aplicativo de mensagens Telegram entregou Ă PolĂcia Federal (PF) os dados disponĂveis sobre grupos neonazistas envolvidos em ameaças e organizaĂ§Ă£o de ataques violentos em escolas do Brasil. A medida foi tomada apĂ³s a Justiça exigir os elementos em atĂ© 24 horas sob pena de suspensĂ£o da plataforma no paĂs e multa diĂ¡ria de R$ 100 mil.
A solicitaĂ§Ă£o foi feita apĂ³s a investigaĂ§Ă£o sobre o ataque em uma escola em Aracruz, no EspĂrito Santo, no ano passado, que deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas, procurando a interaĂ§Ă£o do assassino com grupos com conteĂºdos antissemitas no Telegram.
Na quinta-feira (20), o ministro da Justiça, FlĂ¡vio Dino, afirmou que a pasta abriria um processo administrativo contra o Telegram, pois a plataforma nĂ£o informou os escravos adotados para barrar conteĂºdos de Ă³dio e ataques escolares. A aĂ§Ă£o seria conduzida pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Na ocasiĂ£o, o chefe da pasta tambĂ©m sugeriu a possibilidade de suspensĂ£o da plataforma no paĂs.
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Nessa semana, a polĂcia intensificou suas operações de mapeamento nas redes sociais para combater a violĂªncia nas escolas. No PiauĂ, um adolescente foi rastreado a partir de grupos nazistas nas redes sociais pelo MinistĂ©rio da Justiça. No Rio Grande do Sul, outro jovem foi apreendido com sĂmbolos nazistas, apĂ³s ser identificado em grupos de discurso de Ă³dio nas redes sociais, traz trecho da matĂ©ria.
A entrega dos dados dos grupos neonazistas pelo Telegram Ă PolĂcia Federal Ă© uma aĂ§Ă£o importante para coibir a violĂªncia nas escolas do Brasil. AlĂ©m disso, essa medida pode ajudar a investigar a encontrar e punir os responsĂ¡veis ​​pelos ataques e ameaças.
Leia mais na matéria de Luana Patriolino publicada no Correio Braziliense
Foto: Pixabay