MPF pede afastamento de subprocurador-geral da República 

MPF não revela nome do acusado, mas as medidas cautelares visam evitar que o subprocurador continue a cometer crimes dentro da instituição.

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Publicado em: 29/04/2020 às 15:31 | Atualizado em: 29/04/2020 às 15:31

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um subprocurador-geral da República pelos crimes de calúnia e coação.

De acordo com a denúncia, o MPF defendeu o afastamento imediato do denunciado. No entanto, não revelou sua identidade na terça-feira (28).

Segundo a petição, que o subprocurador seja impedido de se comunicar com funcionários da instituição e de acessar as dependências da PGR (foto).

As medidas cautelares visam evitar que ele continue a cometer crimes dentro da instituição. Dessa maneira, evitar-se-ia também a utilização da estrutura e dos bens públicos de forma indevida.  

Na peça em que aponta a prática de calúnia, o MPF detalha duas situações em que o denunciado imputou a uma funcionária.

Primeiramente, foram os crimes de invasão de dispositivo informático e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações. 

Já na segunda denúncia, os depoimentos e documentos reunidos demonstram a prática de coação de testemunhas.

Essa coação se deu no curso de processo administrativo por, pelo menos, seis vezes. Nesse caso, o subprocurador-geral coagiu, mediante grave ameaça.

A vítima era uma ex-servidora de seu gabinete. Ela era induzida a prestar depoimento que o favorecesse em uma investigação. 

 

Assédio moral

O inquérito administrativo investiga condutas como assédio moral contra servidores; utilização indevida de servidores e bens públicos para fins particulares.

Investigava-se também a não adoção de providências em relação a servidora que advogava, mesmo trabalhando em seu gabinete.

Além disso, investigavam-se o recebimento de valores dos servidores a título de pagamento de honorários; e locação de imóveis de sua propriedade para servidor em cargos comissionados. 

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Foto: João Américo/Secom/PGR