Moro nega transferência de Cunha para região de influência política

Publicado em: 20/11/2017 às 14:22 | Atualizado em: 20/11/2017 às 14:22
O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha teve mais um pedido negado, nesta segunda-feira (20), pelo juiz federal Sérgio Moro.
Cunha pede para ser transferido da prisão de Pinhais (PR) para Brasília ou Rio de Janeiro.
O juiz, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, negou com o seguinte despacho:
“Não é conveniente a transferência definitiva do condenado para Brasília ou para o Rio de Janeiro, considerando o modus operandi da prática de crimes pelo condenado, com utilização de sua influência política para obtenção de vantagem indevida mediante corrupção”.
Sendo assim, Cunha deve continuar preso no Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ele foi preso em outubro de 2016. Já condenado na Operação Lava Jato, o peemedebista também responde a um processo no Distrito Federal, referente à Operação Sépsis.
Novo depoimento
Por esse motivo, nesta segunda-feira, ele está no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
A transferência temporária foi para que ele prestasse depoimento no processo sobre desvio do FI-FGTS.
Em agosto deste ano, Cunha já tinha pedido para ser transferido.
A defesa do deputado cassado pede a transferência por quatro motivos: para a “redução de custos com o traslado do preso”; porque os escritórios dos advogados dele ficam em Brasília; porque a ex-esposa dele mora em Brasília; e porque, antes de ser preso, ele morava no Rio de Janeiro e, assim, seria “mais fácil deslocar o núcleo familiar carioca até Brasília do que a Pinhais”.
No despacho desta segunda-feira, Moro reforça que não há motivo para mudar a sua decisão anterior e justifica a permanência de Cunha dizendo que, em Curitiba, a influência política do deputado cassado é menor do que nas outras capitais.
Isso, conforme o juiz federal, pode prevenir ou dificultar a prática de novos crimes.
Em março deste ano, Moro condenou Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/PGR