Moraes pede para Zanin marcar data do julgamento de Bolsonaro

A expectativa no Supremo é que a análise da acusação seja feita em setembro.

Moraes pede para Zanin marcar data do julgamento de Bolsonaro

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 15/08/2025 às 07:00 | Atualizado em: 15/08/2025 às 07:00

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta quinta-feira (14) para o presidente da Primeira Turma da Corte, o ministro Cristiano Zanin, marcar uma data do julgamento de Jair Bolsonaro e outros réus do núcleo central da trama golpista.

Conforme a Folha de S. Paulo, o pedido foi feito no dia seguinte ao término do prazo para as defesas dos réus apresentarem suas alegações.

Dessa maneira, Moraes declarou em seu despacho:

“Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, solicito ao Excelentíssimo Presidente da Primeira Turma, Ministro Cristiano Zanin, dias para julgamento presencial da presente ação penal”.

Nesse sentido, Zanin ainda não decidiu quando o julgamento deve ocorrer. A expectativa no Supremo é que a análise da acusação seja feita em setembro.

Núcleo central

Ainda segundo a Folha, o núcleo central da trama golpista é composto por Jair Bolsonaro e outros como:

  • – o ex-comandante da Marinha Almir Garnier,
  • – o ex-ministro da Justiça Anderson Torres,
  • – o ex-chefe do GSI Augusto Heleno,
  • – o tenente-coronel Mauro Cid,
  • – o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira
  • – e o ex-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto.

Além disso, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também faz parte do grupo, mas o processo contra ele foi parcialmente paralisado por determinação da Câmara.

Já em suas alegações finais, a defesa de Bolsonaro afirmou ao STF que a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) da trama golpista é absurda e mistura eventos para conseguir uma condenação sem provas.

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Foto: STF/Agência Senado/divulgação