Militares e partidos aliados a Bolsonaro recusam teste de urna do TSE
Nenhum partido aliado do presidente Jair Bolsonaro, que fez várias críticas ao voto digital, está participando do teste público

Publicado em: 23/11/2021 às 12:37 | Atualizado em: 23/11/2021 às 12:54
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, ontem (22), o Teste Público de Segurança (TPS) do sistema eletrônico das eleições de 2022.
Ao todo, 26 investigadores vão colocar em prática 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas para avaliar a segurança das urnas. No entanto, nenhum partido aliado do governo do Jair Bolsonaro participa do teste.
Segundo o TSE, o número de inscritos é o maior já registrado.
Duas universidades, o Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Controladoria-Geral da União (CGU), a Procuradoria-Geral Eleitoral e o Partido Verde (PV) manifestaram interesse em inspecionar as máquinas.
Mesmo com a antecedência e a possibilidade de fiscalização aberta há quase três meses, não há, por exemplo, partido aliado do governo do presidente Jair Bolsonaro ou mesmo membro do Ministério Público que tenha se inscrito, até o momento, para participar do evento.
A fase de teste é o segundo momento do processo eleitoral — o primeiro é a abertura do código-fonte.
As ações de inspeção ao sistema foram adiantadas, pois o procedimento estava previsto para o segundo trimestre do ano que vem.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, destacou a importância do aperfeiçoamento.
“Estamos em um amplo trabalho contra a desinformação. O TPS é o momento em que a sociedade colabora com a segurança das urnas para indicar formas de correção”, afirmou o ministro, antes do começo da fase de ataques ao sistema eleitoral.
Para Barroso, é uma parceria para melhorar o sistema eleitoral. “Aprimorar os sistemas mediante ataques de pessoas físicas, hackers do bem, que queiram tentar vulnerar as diferentes camadas do sistema”, salientou.
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Foto: José Cruz/AB