Mandetta ironiza recuo do MinistĂ©rio da SaĂºde ao ‘tratamento precoce’
Na publicaĂ§Ă£o nas redes sociais, o ex-chefe da SaĂºde comentou a demora para a decisĂ£o, e ainda cobrou ao CFM (Conselho Federal de Medicina) a tomar a mesma postura

Publicado em: 15/07/2021 Ă s 09:48 | Atualizado em: 15/07/2021 Ă s 10:19
O ex-ministro da SaĂºde Luiz Henrique Mandetta ironizou a nova posiĂ§Ă£o do governo sobre os medicamentos do chamado “kit covid”. Mandetta disse que a pasta, agora “fala baixinho” que o “tratamento precoce” nĂ£o Ă© recomendado.
Na publicaĂ§Ă£o nas redes sociais, o ex-chefe da SaĂºde comentou a demora para a decisĂ£o, e ainda cobrou ao CFM (Conselho Federal de Medicina) a tomar a mesma postura.
“ApĂ³s um ano , sete meses e 536 mil mortes o MinistĂ©rio da SaĂºde fala baixinho que ‘tratamento precoce’ nĂ£o Ă© recomendado. Demorou hein? AlĂ´Â @Medicina_CFM agora sĂ³ falta vocĂª! Ciencia!!!“, disse Henrique Mandetta.
A fala faz referĂªncia aos documentos enviados pelo MinistĂ©rio da SaĂºde Ă Â CPI da covid nesta semana.
Neles, a pasta diz que os medicamentos que compõem o chamado “kit covid” e foram divulgados e amplamente defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “tratamento precoce” para a doença, sĂ£o ineficazes contra o vĂrus.
Leia mais
Bolsonaro pagou R$ 120 mil a SikĂªra Jr por defender tratamento precoce
A pasta encaminhou Ă ComissĂ£o duas notas tĂ©cnicas apĂ³s um pedido do senador Humberto Costa (PT-PE).
O documento diz que “alguns medicamentos foram testados e nĂ£o mostraram benefĂcios clĂnicos na populaĂ§Ă£o de pacientes hospitalizados”.
E que, por isso, nĂ£o devem ser utilizados, “sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente”.
Diz, ainda, que a “a ivermectina e a associaĂ§Ă£o de casirivimabe + imdevimabe nĂ£o possuem evidĂªncia que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados”.
AlĂ©m do presidente, estes medicamentos sĂ£o defendidos por apoiadores do governo e chegaram a ser indicados pelo aplicativo TrateCov, do MinistĂ©rio da SaĂºde.
Leia mais no UOL
Foto: ReproduĂ§Ă£o/ TV Senado