Livre da covid, Pazuello volta, mas foge da coronavac: ‘Só Novembro Azul’
Na sede do ministério, ministro participou do lançamento da campanha do Novembro Azul, que visa estimular os homens a cuidar da saúde

Publicado em: 11/11/2020 às 15:11 | Atualizado em: 11/11/2020 às 15:11
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou nesta quarta-feira (11) do primeiro evento público após se curar da covid-19. Nesse evento se recusou a falar sobre a polêmica envolvendo a vacina CoronaVac.
O imunizante está sendo desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e teve os testes suspensos no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira (09). Nesta quarta, a agência liberou a retomada dos trabalhos.
Na sede do ministério, Pazuello participou do lançamento da campanha do Novembro Azul, que visa estimular os homens a cuidar da saúde.
Questionado pela imprensa sobre a retomada dos testes pela Anvisa, o ministro respondeu: “Eu não tenho nada para falar. Hoje, é só Novembro Azul. É só Novembro Azul. O assunto é só Novembro Azul. Hoje, é só propaganda do Novembro Azul”.
O ministro retornou ao trabalho no início desta semana após ficar 20 dias afastado. Porém, a primeira aparição pública foi nesta quarta.
Durante o lançamento da campanha, Pazuello fez um discurso focado na importância de os homens se conscientizarem sobre a importância de cuidar da saúde.
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Ele foi abordado pela imprensa após a cerimônia, quando foi até a entrada do prédio do ministério acompanhar a saída de um grupo de motociclistas para uma volta na Esplanada dos Ministérios para marcar o apoio à campanha.
Suspensão dos testes
Os testes da CoronaVac foram suspensos pela Anvisa na noite de segunda-feira (9). Na ocasião, a agência disse, sem dar detalhes, que um “evento adverso grave” havia ocorrido.
A suspensão levou a um embate entre a agência e o Instituto Butantan. Logo após o anúncio da pausa, o diretor do instituto, Dimas Covas, disse estranhar a decisão da agência, porque o evento adverso se tratava de um “óbito não relacionado à vacina”.
O acordo entre Butantan e Sinovac já havia sido motivo de disputa entre o governo estadual de São Paulo e o governo federal.
No fim de outubro, o Ministério da Saúde anunciou que compraria a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês. A negociação, entretanto, foi desautorizada por Bolsonaro.
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Foto: Carolina Antunes/PR