Líder do PT se irrita com reportagem sobre rotina de Lula na cadeia

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Publicado em: 04/05/2018 às 18:19 | Atualizado em: 18/07/2018 às 15:43

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), quer saber do Ministério da Segurança Pública por que foi permitida a entrada de jornalistas no ambiente em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso.

Pimenta (foto) ficou irritado com reportagem da revista Veja, desta semana, a qual relata “a vida de Lula na prisão”.

O parlamentar ajuizou pedido de convocação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para explicar o que o deputado aponta como violação de direitos do ex-presidente no sistema prisional.

O que motivou o requerimento foi a reportagem de capa da revista, de acordo com o Congresso em Foco

Para o líder do PT, caso a permissão de entrada de repórter no cárcere seja confirmada, trata-se de “fato de gravidade ímpar”.

No requerimento de convocação, que precisa ser aprovado por maioria na CCJ, Paulo Pimenta diz que a revista “expõe publicamente, de maneira sensacionalista, as condições internas da prisão onde se encontra o presidente Lula, violando, indevidamente, sua intimidade”.

Lula iniciou em 7 de abril a execução provisória de sua pena, de 12 anos e um mês de prisão, na cela de Estado-maior na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).

“O conteúdo da matéria relata, com detalhes, a organização interna da Superintendência da Polícia Federal, chegando ao absurdo de descrever como o funcionário encarregado entrega o café da manhã e aplica a insulina ao presidente”, reclama o deputado, acrescentando que a publicação aponta até o exato local da cela em uma foto ampliada da unidade prisional.

 

Líder acusa

Em vídeo veiculado nesta sexta-feira (4) no YouTube, o deputado faz duras críticas à revista e diz que a publicação leva detalhes da rotina de Lula, ilegalmente, a “leitores ávidos por sangue e ódio”.

Paulo Pimenta acusa ainda a reportagem de “vender, como se tivesse algum tipo de credibilidade para isso, informações sobre supostos privilégios, ou tratamento diferenciado, que o presidente Lula estaria recebendo”.

“O mais grave é que, se esta matéria for verdadeira, ela significa a falência definitiva do sistema judicial brasileiro. Nós estamos assistindo há dias um tratamento desumano, jamais visto, a um líder político que é um chefe de Estado reconhecido internacionalmente, e que está sendo mantido como preso político”, declara o líder petista.

 

Foto: Câmara dos Deputados