As lições e mistério da Tailândia no combate ao coronavírus
Apesar do grande fluxo de visitantes estrangeiros no início do ano, a Tailândia registra números baixos. Faz sete semanas que não se registra um caso.

Publicado em: 18/07/2020 às 20:44 | Atualizado em: 18/07/2020 às 20:44
As lições da Tailândia no enfrentamento ao coronavírus (covid-19) são mistérios para especialistas no assunto. Está, portanto, há sete semanas sem registrar um caso da doença.
País do sudeste asiático com 70 milhões de habitantes tem, até agora, 3.246 casos confirmados da doença e 58 mortes. Além disso, 3.096 recuperados, dados desta sexta-feira (18).
De acordo com reportagem especial do O Globo, ninguém sabe exatamente por que a Tailândia foi poupada.
Pode ser a forma de cumprimentar sem se tocar, pois se trata de um distanciamento social. Esse distanciamento está incorporado na cultura tailandesa. Seria isso, em síntese, que impediu a transmissão descontrolada do coronavírus no país?
A adoção precoce de máscaras na Tailândia, combinada com um sistema robusto de assistência médica, diminuiu o impacto do vírus?
Seria o estilo de vida ao ar livre de muitos tailandeses ou as taxas relativamente baixas de condições preexistentes?
Existe um componente genético que torna o sistema imunológico dos tailandeses e outros povos da região do rio Mekong mais resistente ao coronavírus? Ou é uma mistura de todos esses fatores que protegeram este país?
Uma coisa é certa, registra a publicação. Apesar do grande fluxo de visitantes estrangeiros no início do ano, a Tailândia registra números baixos. São 3.246 casos e 58 mortes pela covid-19 até hoje (18).
Cultura tailandesa
“Eu não acho que se trata apenas de imunidade ou genética”, afirmou Taweesin Visanuyothin, porta-voz do Ministério de Saúde da Tailândia. “Tem a ver com cultura. O povo tailandês não tem contato corporal quando se cumprimenta”.
Wiput Phoolcharoen, especialista em saúde pública da Universidade Chulalongkorn, em Bancoc, está pesquisando um surto de coronavírus em Pattani, no Sul da Tailândia.
Ele observou, nesse ínterim, que mais de 90% dos que deram positivo foram assintomáticos, muito acima do normal.
“O que estamos estudando agora é o sistema imunológico”, disse.
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Foto: Reprodução/NYTN/Adam Dean