Laudos contradizem policiais sobre morte do miliciano Adriano NĂ³brega
Segundo o MinistĂ©rio PĂºblico, a quadrilha do miliciano continuava tocando seus negĂ³cios criminosos mesmo depois da morte do ex-capitĂ£o do Bope

Da RedaĂ§Ă£o do BNC AMAZONAS
Publicado em: 29/03/2021 Ă s 15:49 | Atualizado em: 29/03/2021 Ă s 15:51
Os laudos de duas necropsias no corpo do miliciano Adriano da NĂ³brega contradizem a versĂ£o dos policiais que o encontraram. O miliciano foi morto em uma aĂ§Ă£o policial em fevereiro do ano passado.
Nesse sentido, uma das anĂ¡lises indica que uma bala o atingiu deitado, e nĂ£o em confronto. A informaĂ§Ă£o Ă© do G1.
ApĂ³s pedido do MinistĂ©rio PĂºblico da Bahia, uma força-tarefa com 70 homens foi mobilizada no cerco ao capitĂ£o, mas somente trĂªs policiais militares conseguiram localizĂ¡-lo.
O fato ocorreu no dia 9 de fevereiro, quando, segundo os militares, eles atiraram contra o ex-policial, Adriano NĂ³brega.
Depoimento
Segundo o depoimento desses trĂªs policiais, eles deram voz de prisĂ£o contra o ex-capitĂ£o da varanda. Como Adriano nĂ£o respondeu, forçaram a porta.
Assim que a arrombaram, Adriano disparou sete vezes, mas nĂ£o acertou ninguĂ©m.
Por outro lado, na mesma hora, dois dos trĂªs policiais revidaram, com um tiro cada um. Os dois atingiram o miliciano.
Necropsia
Entretanto, a necropsia feita no Rio de Janeiro trouxe detalhes desses tiros que mataram Adriano. Um projĂ©til, segundo o laudo, parece ter vindo rente ao chĂ£o.
Outro dado do laudo Ă© a falta de vestĂgios de pĂ³lvora nas mĂ£os do miliciano, apesar de, segundo os militares, Adriano ter atirado sete vezes.
Um terceiro destaque sĂ£o lesões na regiĂ£o da cabeça de Adriano, que a perĂcia destaca que os ferimentos foram feitos enquanto o miliciano ainda estava vivo, e nĂ£o nĂ£o foram explicados pelos policiais.
Leia mais sobre o assunto no G1.
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Foto: ReproduĂ§Ă£o / Tv Globo