Justiça manda prender procurador que agrediu colega 

O pedido de prisĂ£o foi foi feito pela PolĂ­cia Civil enquanto o governador Rodrigo Garcia alega que a 'agressĂ£o nĂ£o ficarĂ¡ impune'  

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Publicado em: 22/06/2022 Ă s 18:37 | Atualizado em: 22/06/2022 Ă s 19:20

A Justiça do Estado de SĂ£o Paulo do fĂ³rum da cidade de Registro mandou prender, no final da tarde desta quarta-feira (22), o procurador DemĂ©trius de Oliveira de Macedo. Ele agrediu a socos a colega de trabalho Gabriela Samadello Monteiro de Barros. O pedido da prisĂ£o foi feito pela PolĂ­cia Civil. 

A agressĂ£o brutal aconteceu dentro da prefeitura de Registro, onde os dois trabalham.

Em frente à delegacia de Registro (SP), mulheres se manifestaram contra o agressor e pediram justiça para o caso. 

A informaĂ§Ă£o do pedido de prisĂ£o foi divulgada pelo governador Rodrigo Garcia, que alegou que a ‘agressĂ£o nĂ£o ficarĂ¡ impune’.  

Macedo foi ouvido e liberado pela PolĂ­cia Civil, apesar de vĂ­deos que circulam mostrando as agressões Ă  colega de trabalho.  

O delegado responsĂ¡vel pelo caso, Fernando Carvalho GregĂ³rio, do 1º Distrito Policial de Registro, justificou liberaĂ§Ă£o por nĂ£o identificar a existĂªncia do flagrante. No entanto, no final da tarde, a Justiça paulista, por meio da 1ª Vara Criminal de Registro, determinou a prisĂ£o de Macedo.  

RepercussĂ£o 

No vĂ­deo que circula nas redes sociais, o procurador aparece dando socos na mulher que jĂ¡ estava no chĂ£o. Nas imagens Ă© possĂ­vel ver que uma segunda funcionĂ¡ria foi empurrada contra a porta ao tentar segurar o homem. Ainda Ă© possĂ­vel ouvir Macedo xingando a procuradora. 

Em seu depoimento, o procurador assumiu as agressões e disse que sofria assĂ©dio moral por parte da procuradora-geral Gabriela. Ele foi afastado de suas funções na Prefeitura de Registro e teve o salĂ¡rio congelado. 

‘Se ninguĂ©m estivesse ali, ele teria me espancado atĂ© a morte” 

A procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros revelou detalhes da violĂªncia que sofreu.

Em entrevista à TV Tribuna, a procuradora disse que “tinha medo” do agressor, mas nĂ£o imaginava que poderia haver um caso de violĂªncia. 

“Eu tinha medo, sim. Tinha medo de que fosse acontecer isso, mas nĂ£o imaginava que fosse ser uma violĂªncia fĂ­sica, achava que fosse um bate-boca, uma discussĂ£o”, disse a vĂ­tima ainda com o rosto marcado pelas agressões, com um hematoma em seu olho direito. “Eu estava saindo da repartiĂ§Ă£o quando ele veio em direĂ§Ă£o a mim de forma violenta e me desferiu uma cotovelada. Fui arremessada contra a parede. E ele começou a bater muito em mim, desferir muitos golpes. Socos e pontapĂ©s. Chutou muito o meu rosto”. 

A procuradora disse acreditar, que se os colegas de trabalho nĂ£o tivessem parado DemĂ©trius, ele a agrediria atĂ© a morte. “Acho que Ă© uma coisa muito grave, se as pessoas nĂ£o estivessem ali para me socorrer, fatalmente nĂ£o estaria aĂ­ para contar essa histĂ³ria, ele teria me espancado atĂ© a morte”, contou a procuradora. 

Com informações do Terra 

Foto: reproduĂ§Ă£o