Matador de petista diz que ir a festa foi uma ‘idiotice com certeza’
Jorge Guaranho afirmou em julgamento que agiu em legĂtima defesa ao matar Marcelo Arruda. Ele foi condenado a 20 anos de prisĂ£o em regime fechado.

Publicado em: 13/02/2025 Ă s 14:38 | Atualizado em: 13/02/2025 Ă s 14:52
O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13/2) a 20 anos de prisĂ£o por homicĂdio duplamente qualificado – motivo torpe e perigo comum – pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. Em depoimento ao Tribunal do JĂºri de Curitiba, na quarta-feira (12/2), disse que agiu em legĂtima defesa ao matar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em 2022, em Foz do Iguaçu (PR). Ele declarou estar arrependido e classificou sua ida ao local do crime como uma “idiotice com certeza”.
A pena serĂ¡ cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisĂ£o.
DiscussĂ£o polĂtica
O crime ocorreu durante a festa de aniversĂ¡rio de 50 anos de Marcelo Arruda, que tinha sĂmbolos do PT e imagens de Lula.

Segundo Guaranho, ele passou de carro pelo local com a mĂºsica da campanha de Jair Bolsonaro e gritou “Bolsonaro mito”, ouvindo como resposta de Arruda: “cadeia [para Bolsonaro]”.
O rĂ©u alegou que a discussĂ£o começou quando o petista jogou terra na janela do carro, atingindo seu filho.
Ele afirmou ter ido embora, mas voltou ao perceber que a terra tinha atingido a criança, o que o deixou “com muita raiva”.
Ao retornar, relatou que encontrou Arruda com uma arma apontada para ele e pediu que baixasse a arma antes dos disparos.
Guaranho responde por homicĂdio duplamente qualificado, por motivo fĂºtil e perigo comum. Seu depoimento aconteceu no segundo dia do julgamento, apĂ³s as testemunhas de defesa. No primeiro dia, foram ouvidas as testemunhas de acusaĂ§Ă£o.
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O jĂºri foi retomado nesta quinta-feira (13/2), com os debates entre acusaĂ§Ă£o e defesa, etapa decisiva que chegou Ă sentença final de condenaĂ§Ă£o.
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Fotos: reproduĂ§Ă£o