Contas de Michelle: MP vai pedir investigaĂ§Ă£o ao TCU
Tribunal vai apurar os detalhes sobre o suposto uso de dinheiro vivo para pagar as despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Publicado em: 13/05/2023 Ă s 14:36 | Atualizado em: 13/05/2023 Ă s 14:38
O subprocurador-geral do MinistĂ©rio PĂºblico que atua junto ao Tribunal de Contas da UniĂ£o (MP-TCU), Lucas Rocha Furtado, afirmou que irĂ¡ pedir uma investigaĂ§Ă£o do Ă³rgĂ£o sobre o suposto uso de dinheiro vivo para o pagamento de despesas de Michelle Bolsonaro. A informaĂ§Ă£o Ă© do jornalista Guilherme Pimenta e publicada no portal do Valor EconĂ´mico.
A decisĂ£o de Furtado Ă© baseada em uma reportagem do portal “UOL” que revelou conversas interceptadas pela PolĂcia Federal (PF), mostrando discussões sobre o pagamento, em dinheiro vivo, das despesas da ex-primeira-dama. O tenente-coronel Mauro Cid, entĂ£o ajudante de ordens da PresidĂªncia da RepĂºblica, expressou preocupaĂ§Ă£o de que essa prĂ¡tica pudesse ser caracterizada como “rachadinha”.
PreocupaĂ§Ă£o com a prĂ¡tica da “rachadinha”
Segundo a reportagem do “UOL”, Mauro Cid articulava o pagamento das despesas de Michelle Bolsonaro em dinheiro vivo, ao mesmo tempo em que estava preocupado com a possibilidade de essa prĂ¡tica ser vista como um esquema de “rachadinha”.
A PolĂcia Federal (PF) teria identificado depĂ³sitos em dinheiro vivo para uma assessora parlamentar no Senado, Rosimary Cardoso Cordeiro, que estariam relacionados aos gastos realizados com um cartĂ£o de crĂ©dito utilizado pela primeira-dama.
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Considerando que os recursos movimentados seriam pĂºblicos, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pretende solicitar a abertura de uma investigaĂ§Ă£o sobre o caso e o compartilhamento das informações junto Ă PolĂcia Federal.
Reações e posicionamentos
A assessoria do PL, partido polĂtico ao qual Michelle Bolsonaro Ă© filiada, afirmou que nĂ£o irĂ¡ se manifestar sobre o assunto por nĂ£o se tratar de uma questĂ£o partidĂ¡ria.
A ex-primeira-dama preside o PL Mulher e tem participado de eventos da sigla visando o fortalecimento nas eleições municipais de 2024.
O ex-presidente Jair Bolsonaro nĂ£o se manifestou atĂ© o momento.
O ex-secretĂ¡rio de ComunicaĂ§Ă£o de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou em sua conta no Twitter que os pagamentos feitos em dinheiro vivo eram para proteger dados do presidente e que nĂ£o hĂ¡ ilegalidade nas transações efetuadas.
ConexĂ£o com suspeitas anteriores
Em janeiro, surgiram suspeitas da PF de que Mauro Cid estaria envolvido em um suposto caixa dois relacionado ao uso de cartĂ£o corporativo da PresidĂªncia.
Essas suspeitas foram um ponto central na crise que levou o presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva a mudar o comando do ExĂ©rcito.
Foto: reproduĂ§Ă£o