Suspensa investigação contra youtuber que chamou Bolsonaro de genocida

Para a Justiça, investigação é "flagrante ilegalidade". Felipe Neto disse que decisão mostra que governante não pode usar a polícia contra quem o critica

Investigação contra youtuber

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 18/03/2021 às 12:48 | Atualizado em: 18/03/2021 às 12:48

O youtuber Felipe Neto está livre da investigação policial de crime contra a segurança nacional. Pelo menos na esfera estadual. Isso porque ele havia chamado o presidente Jair Bolsonaro de genocida.

Nesta quinta, uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro, portanto, suspendeu ação criminal. Hoje, inclusive, ele ia depor na polícia.

“Essa decisão só confirma que ainda vivemos em uma democracia, em que um governante não pode, de forma totalmente ilegal, usar a polícia para coagir quem o crítica”, afirmou.

Conforme a juíza da liminar, o caso é da esfera federal.

Dessa maneira, a investigação teria de começar a pedido do Ministério Público. Ou de outra autoridade. Por exemplo, o ministro da Justiça.

Por isso, a juíza disse que a investigação é “flagrante ilegalidade”.

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Direito de criticar

Agora, o youtuber organiza uma frente de advogados. Conforme ele, a ideia é dar defesa gratuita a investigados ou processados por criticar Bolsonaro.

A frente ganhou nome de “Cala a boca já morreu”. E escritórios de advogados já teriam aderido à ideia.

Assim sendo, quem não tem advogado poderá acionar a frente. O endereço de uma página na internet é o passo inicial.

Para Felipe Neto, ninguém pode calar as críticas. De acordo com ele, isso enfraquece a democracia.

“O ‘Cala a boca já morreu’ será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo”.

Foto: Reprodução/internet