Institutos dão até R$ 900 mil para pesquisas de doenças raras  

Organização Mundial da Saúde (OMS) catalogou aproximadamente 5,5 mil doenças de origem genética

institutos, pesquisas, doencas raras

Publicado em: 29/11/2022 às 19:36 | Atualizado em: 29/11/2022 às 19:47

Os institutos Serrapilheira e Jô Clemente (IJC) lançam edital para financiar pesquisas de doenças raras no Brasil. As bolsas de estudo chegam até R$ 900 mil para concorrentes. 

Cientistas interessados em fazer pesquisas sobre o diagnóstico precoce de doenças raras de origem genética têm até esta sexta-feira (2/12) para enviar pré-proposta aos institutos. 

Aproximadamente 5,5 mil doenças raras são catalogadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Elas afetam mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. A reportagem é de Bethânia Nunes, do portal Metrópoles. 

Cerca de 70% dessas disfunções têm origem genética, como as doenças lisossomais, as dos erros inatos do metabolismo e as neuromusculares. 

A semelhança dos sintomas com os de doenças comuns atrasa o diagnóstico correto dos pacientes, que podem acabar fazendo tratamentos inadequados. 

A iniciativa dos institutos parceiros busca fomentar a pesquisa para detecção precoce de disfunções genéticas por meio de técnicas como a coleta de sangue seco em papel filtro, método usado no teste do pezinho.  

O objetivo é que os pesquisadores desenvolvam novos exames que possam ser feitos ainda na triagem neonatal. 

Leia mais

Edital 

O edital dedicará um total de R$ 900 mil para as pesquisas – um único projeto pode conseguir até R$ 300 mil.  

Os recursos recebidos deverão ser usados em um período de dois anos e os selecionados terão flexibilidade para usar a verba.  

Para se inscrever no edital (disponível neste link), os candidatos devem cumprir uma série de requisitos. É preciso, por exemplo, ter título de doutor e ter vínculo permanente com alguma instituição de ensino no Brasil. 

O interessado deve ter ao menos dois artigos científicos de impacto publicados na área de doenças raras ou desenvolvimento de testes diagnósticos em sangue seco.  

O domínio da língua inglesa é fundamental, uma vez que apresentações e entrevistas serão conduzidas no idioma.  

Com informações do Metrópoles 

Foto: reprodução/Diário PcD