Bolsonaro pagou R$ 260 o quilo de pescoço de galinha a indígenas do AM

Esses eventos se somam a outras polêmicas relacionadas à distribuição de alimentos em terras indígenas, como o contrato para a compra de cestas básicas contendo alimentos não adequados à dieta local na Terra Yanomami.

Indígenas são expostos a graves riscos no Amazonas, denuncia ISA

Publicado em: 16/05/2023 às 09:55 | Atualizado em: 16/05/2023 às 09:58

Entre 2020 e 2022, funcionários da Funai compraram carne de pescoço para indígenas a preços superfaturados na região do Rio Madeira, no Amazonas.

Essa revelação foi feita pelo jornal O Estado de S.Paulo e também publicada pelo portal UOL com base em notas fiscais analisadas.

Além disso, outras carnes que nunca teriam sido entregues junto às cestas básicas também foram mencionadas.

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O total gasto com compras de carnes atingiu R$ 927,5 mil nos dois anos, mas indígenas afirmam que esses alimentos não foram entregues conforme o combinado.

A situação é especialmente preocupante considerando a vulnerabilidade da população indígena na região. A Funai, sob o governo Lula (PT), iniciou uma investigação sobre essas compras.

Esses eventos se somam a outras polêmicas envolvendo a distribuição de alimentos em terras indígenas, como o contrato milionário para a compra de cestas básicas contendo sardinha e linguiça calabresa na Terra Yanomami, onde esses alimentos não fazem parte da dieta local.

A falta de consulta às comunidades afetadas demonstra uma falta de consideração com suas necessidades específicas.

Foto: Raquel Uendi/ISA