Hackers de celulares do caso Intercept seguem presos, decide juiz

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Publicado em: 30/09/2019 às 17:43 | Atualizado em: 30/09/2019 às 18:53

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, decidiu hoje, dia 30, manter a prisão preventiva de Luiz Molição e Tiago Eliezer Martins, presos na segunda fase da operação Spoofing, realizada dia 19 pela Polícia Federal.

A operação investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades e a prática de crimes cibernéticos.

Na semana passada, o magistrado converteu a prisão temporária dos acusados em preventiva, por tempo indeterminado. No entanto, por determinação legal, o juiz realizou nesta segunda-feira uma audiência de custódia para verificar as condições da prisão.

Durante a audiência, Molição reclamou de “condições insalubres” na prisão e disse que seus remédios não foram entregues no horário pelos agentes da polícia, que também não estariam repondo a água destinada aos presos.

As defesas dos acusados também reiteraram pedidos de substituição da prisão por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

Leite avaliou os argumentos e decidiu que continuem na prisão.

Segundo o juiz, a suposta participação dos acusados no hackeamento de autoridades não está clara e não há outras medidas alternativas para garantir o andamento da apuração da Polícia Federal.

 

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Mais quatro presos

No dia 1º de agosto, Leite também decretou a prisão preventiva de mais quatro investigados presos, desta vez, na primeira fase da operação.

A primeira fase da operação Spoofing foi deflagrada no dia 23 de julho e resultou na prisão de quatro suspeitos de hackear o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O teor de supostas conversas de Moro com procuradores do Ministério Público quando o atual ministro era o juiz da primeira instância da operação Lava Jato foram publicadas pelo site Intercept e outros veículos.

Os presos são suspeitos de terem interceptado e divulgado parte das comunicações do ministro e outras pessoas.

A operação foi batizada de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Reprodução/TV