Governo fechou contrato da Covaxin sem garantia nenhuma da Precisa
Documento apreendido pela Polícia Federal a pedido da CPI da covid faz grave revelação que derruba narrativas do governo Bolsonaro sobre a compra da vacina indiana

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 25/09/2021 às 10:18 | Atualizado em: 25/09/2021 às 10:18
O governo fechou contrato para comprar a vacina indiana Covaxin sem que a Precisa Medicamentos sequer tenha dado qualquer garantia do fabricante.
Nem mesmo uma autorização escrita para negociar em nome do laboratório Bharat Biotech a Precisa apresentou. O que fez foi falsificar documento para participar do esquema contra o dinheiro público brasileiro. Mesmo assim, conseguiu negociar contrato bilionário com o governo.
Isso é o que diz a Polícia Federal, em documento apreendido na sede da empresa que negociou com o Ministério da Saúde.
“Uma bandalheira! Como é que o governo brasileiro pode avalizar algo tão espúrio como esse?”. É o que pergunta o relator da CPI da covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
A apreensão decorre de pedido das investigações da CPI. O relatório final de Calheiros vai apontar que o ministério acertou com a Precisa a compra de 20 milhões de doses da Covaxin por R$ 1,6 bilhão.
O acordo que o governo fechou previa a aquisição da vacina a US$ 15 a dose, a mais cara negociada pelo Brasil.
Ignorando exigências técnicas do negócio, o governo brasileiro preparava o adiantamento de US$ 45 milhões à Precisa. E isso não era previsto no contrato.
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado