Golpe: ‘Vai passar para a histĂ³ria como covarde traidor da pĂ¡tria?’
Mensagem foi enviada por LaĂ©rcio VergĂlio a Freire Gomes, que comandava o ExĂ©rcito em 14 de dezembro de 2022

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 01/12/2024 Ă s 17:27 | Atualizado em: 02/12/2024 Ă s 10:03
“Vai passar para a histĂ³ria como covarde traidor da pĂ¡tria?”, perguntou militar da reserva a comandante do ExĂ©rcito.
Conforme a PF, a mensagem foi enviada por LaĂ©rcio VergĂlio (foto com Bolsonaro) a Freire Gomes (que comandava o ExĂ©rcito) em 14 de dezembro de 2022, vĂ©spera da data escolhida para tentativa de golpe. Ambos sĂ£o generais.
Segundo o Uol, VergĂlio se valeu da intimidade com Gomes no primeiro contato.
Por exemplo, em mensagem enviada ao comandante do ExĂ©rcito em 6 de dezembro de 2022, o general da reserva lembra que Gomes foi seu instrutor em curso de formaĂ§Ă£o.
Lembrou ainda que, juntos, os dois fundaram o Destacamento Alfa Ômega (unidade de contraterrorismo do Exército).
Ao mesmo tempo, o general da reserva MĂ¡rio Fernandes pressionou pela adesĂ£o de Gomes a golpe em 7 de novembro.
De acordo com a PF, na mensagem, o general se apresenta ao comandante do ExĂ©rcito como “eterno aluno e subordinado” e afirma que conta com “evento disparador, como no passado” para aĂ§Ă£o.
“É agora ou nunca mais, comandante, temos que agir”, diz ele.
“OraĂ§Ă£o do golpe”
AtĂ© “oraĂ§Ă£o ao golpe” serviu para pressionar. A investigaĂ§Ă£o mostra que, em 3 de novembro, o padre JosĂ© Eduardo Silva encaminhou a Gilson Azevedo um texto.
O documento pedia a brasileiros que incluĂssem 17 generais em suas preces para que eles tivessem “coragem de salvar o Brasil” e “agissem com consciĂªncia histĂ³rica”.
Carta
Da mesma forma, carta de oficiais sinalizando apoio ao golpe foi enviada a comandante do Exército.
“O ExĂ©rcito nunca abandonou o povo e nunca o farĂ¡”, diz um trecho do texto que, segundo a investigaĂ§Ă£o, foi vazado para aumentar a pressĂ£o sobre o comando. A estratĂ©gia de vazar o conteĂºdo da carta foi definida em reuniĂ£o em 28 de novembro.
PL
Além disso, documento apresentado pelo PL à Justiça Eleitoral integrava plano.
Segundo a PF, representaĂ§Ă£o que pedia anulaĂ§Ă£o de parte dos votos por problemas nas urnas visava intensificar protestos em frente a quarteis para pressionar militares, jĂ¡ que “investigados tinham ciĂªncia de que ‘argumentos tĂ©cnicos’ eram falsos”.
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Foto: reproduĂ§Ă£o/redes sociais