Falta de cerveja em supermercados preocupa setor varejista
A ruptura do produto, que é o indicador da ausência de algum item no varejo, está no nível mais alto dos últimos dois anos, segundo a Neogrid, que monitora pontos de venda

Publicado em: 10/10/2020 às 12:04 | Atualizado em: 10/10/2020 às 12:05
O consumidor de cerveja que foi ao supermercado nos últimos meses sentiu falta de algumas marcas nas prateleiras.
A ruptura do produto, que é o indicador da ausência de algum item no varejo, está no nível mais alto dos últimos dois anos, segundo a Neogrid, que monitora pontos de venda.
Robson Munhoz, presidente da empresa, atribui a dificuldades na cadeia de produção.
“O problema está no fornecimento de lata e vidro. Se falta embalagem, não tem como produzir”, diz ele.
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O índice de ruptura, que rondava os 9,5% a 10% entre julho e agosto do ano passado, neste ano superou os 16% no mesmo período.
Segundo Munhoz, a escassez da bebida não é generalizada, porém, ficou mais frequente entre algumas marcas em diferentes momentos.
Região Norte em alerta
A situação começa a alertar o varejo na região Norte.
A instabilidade no fornecimento de cervejas em lata apareceu no mês passado, segundo Adem Araújo, presidente da Asa (Associação de Supermercados do Acre) e dono da rede Araújo.
O presidente da Asa afirma que a ruptura da Heineken chamou a atenção no estado, mas também há dificuldades com Ambev e Petrópolis.
Ele diz ter recebido justificativas, informalmente, dos gerentes de vendas e vendedores mencionando falta de embalagens.
Em São Paulo, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) afirma que já recebeu algumas reclamações de redes associadas sobre o desabastecimento de cervejas em lata, mas as queixas ainda são pontuais.
Procurada pela coluna, a Ambev afirma que não registra falta de produto e as entregas estão normais.
A Petrópolis diz que não há desabastecimento em nenhum estado.
E a Heineken, que trabalha para atender à crescente demanda e que seu processo produtivo leva cerca de 28 dias.
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