ExĂ©rcito diz que nĂ£o hĂ¡ interesse pĂºblico na impunidade de Pazuello

O ExĂ©rcito respondeu ao STF sobre a nĂ£o puniĂ§Ă£o ao general e ex-ministro da SaĂºde por ter participado de ato polĂ­tico de apoio ao presidente Bolsonaro em maio, no Rio

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Publicado em: 28/06/2021 Ă s 18:17 | Atualizado em: 28/06/2021 Ă s 18:17

O comando do ExĂ©rcito afirmou, nesta segunda-feira (28), ao Supremo Tribunal Federal (STF) que “nĂ£o existe absolutamente interesse pĂºblico” que justifique dar publicidade ao processo disciplinar que livrou o ex-ministro Eduardo Pazuello de puniĂ§Ă£o apĂ³s participar de ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro. 

O ExĂ©rcito prestou informações ao STF por determinaĂ§Ă£o da ministra CĂ¡rmen LĂºcia, relatora de uma aĂ§Ă£o que questiona a imposiĂ§Ă£o de sigilo de 100 anos nos dados do processo disciplinar. 

Ao Supremo, o ExĂ©rcito afirmou que o processo de Pazuello Ă© uma questĂ£o interna. 

“NĂ£o existe absolutamente interesse pĂºblico patente, a motivar acesso Ă s informações extraĂ­das de referido processo administrativo disciplinar, o qual regulam unicamente uma relaĂ§Ă£o personalĂ­ssima entre um militar e seu comandante, em que se analisa se o subordinado transgrediu ou nĂ£o uma norma castrense”. 

No inĂ­cio do mĂªs, o comando do ExĂ©rcito anunciou que nĂ£o puniria o ex-ministro da SaĂºde, que Ă© general da ativa.

Um procedimento interno apurava se Eduardo Pazuello tinha cometido transgressĂ£o militar ao participar de um ato polĂ­tico de apoio ao presidente Bolsonaro (foto) em 23 de maio, no Rio. 

Sem mĂ¡scara, Pazuello acompanhou um passeio de moto de apoiadores do governo, subiu com Bolsonaro no carro de som usado como palanque e falou ao microfone, saudando os apoiadores. 

Em nota, o comandante do ExĂ©rcito Paulo Sergio Nogueira de Oliveira analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo general Eduardo Pazuello. 

Segundo a nota, nĂ£o restou caracterizada a prĂ¡tica de transgressĂ£o disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequĂªncia, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado.

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Foto: Alan Santos/PR