E-mails mostram agilidade do governo para comprar cloroquina
As mensagens foram enviadas pelo ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Índia, Elias Antônio de Almeida Santos

Publicado em: 15/06/2021 às 20:28 | Atualizado em: 15/06/2021 às 20:31
Troca de e-mails da diplomacia brasileira com a chancelaria indiana e representantes de farmacêuticas do país asiático mostra a agilidade com que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) buscou adquirir hidroxicloroquina para o tratamento da covid (coronavírus), medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.
Algumas mensagens foram respondidas pelo governo brasileiro em 15 minutos, à noite e até em fins de semana.
O esforço pelo medicamento se contrapõe à postura do Executivo em relação às vacinas.
No caso da Pfizer, o governo demorou pouco mais de dois meses para responder aos contatos da empresa.
A série de 54 e-mails expõe a atitude proativa do governo brasileiro para liberar cargas de matéria-prima da hidroxicloroquina a empresas que fabricam o medicamento no país.
As mensagens foram enviadas pelo ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Índia, Elias Antônio de Luna e Almeida Santos, segundo na hierarquia do posto diplomático.
Os documentos sigilosos, em poder da CPI da covid, foram obtidos pela agência de dados Fiquem Sabendo, especialista em Lei de Acesso à Informação, e analisados pelo Estadão. Os e-mails foram trocados entre março e junho de 2020.
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Foto: Facebook/reprodução