Desemprego recua para 6,2% em maio, o menor índice para o período desde 2012

Com o mercado de trabalho aquecido, o número de empregados com carteira assinada bate recorde, segundo o IBGE

Mariane Veiga

Publicado em: 27/06/2025 às 18:17 | Atualizado em: 27/06/2025 às 18:23

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Trata-se do menor índice para o período desde o início da série histórica, em 2012, e muito próximo do recorde de 6,1% registrado em novembro de 2024.

O resultado representa 6,8 milhões de pessoas desocupadas, uma redução de 12,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O número de ocupados chegou a 103,9 milhões, com aumento de 1,2% ante o trimestre anterior.

Entre os destaques positivos estão o número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,8 milhões (alta de 3,7% em relação ao mesmo período de 2024), e o rendimento médio do trabalhador, que atingiu R$ 3.457 – o maior já registrado, com crescimento de 3,1% em um ano. A massa salarial também bateu recorde, somando R$ 354,6 bilhões.

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A taxa de informalidade recuou para 37,8%, influenciada pela estabilidade no número de trabalhadores sem carteira (13,7 milhões) e pelo crescimento de profissionais por conta própria formalizados com CNPJ.

O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) também caiu e atingiu 2,89 milhões, o menor nível desde 2016.

Segundo o IBGE, a melhoria do mercado de trabalho tem motivado o retorno dessas pessoas à busca por ocupação.

Apesar dos juros altos (Selic em 15% ao ano) usados para conter a inflação, o mercado de trabalho segue aquecido e resiliente.

Para os próximos meses, o IBGE prevê novas quedas na taxa de desemprego, dependendo das políticas econômicas adotadas.

As informações são de Agência Brasil

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil