Deputado é preso por suspeita de mandar sequestrar jornalista
O mandado de prisão preventiva contra Jalser foi expedido pela juíza convocada Graciete Sotto Mayor Ribeiro, relatora do processo

Publicado em: 01/10/2021 às 19:19 | Atualizado em: 01/10/2021 às 19:32
O deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade) foi preso nessa sexta-feira (1º) no escritório dele, no bairro Canarinho, zona Norte de Boa Vista. O parlamentar é investigado por suspeita de ser mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos.
O mandado de prisão preventiva contra Jalser foi expedido pela juíza convocada Graciete Sotto Mayor Ribeiro, relatora do processo. Além dele, também foram presos três policiais militares — sendo dois coronéis — suspeitos do crime.
Procurada, a assessoria do parlamentar informou em nota que “considera essa uma decisão política que tem como pano de fundo a tentativa de manipulação da opinião pública em plena véspera do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Roraima”.
A ordem foi cumprida pelo promotor de Justiça Isaías Montanari Junior e pelo delegado da Polícia Civil, João Evangelista, durante a Operação Pulitzer II. A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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Quando o Gaeco chegou ao escritório, por volta das 14h, o parlamentar não estava no local. Jalser Renier chegou pouco depois e o mandado contra ele foi cumprido.
A casa da mãe do parlamentar fica do lado do escritório. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão e outros três de prisão preventiva nesta fase da operação.
Os agentes ficaram no local por cerca de três horas e houve uma intensa movimentação de viaturas da PM e Civil. Do lado de fora, foram ouvidos gritos exaltados do parlamentar falando que “isso é um abuso”.
A prisão de Jalser Renier deve ser analisada pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) já que, como parlamentar, ele possui imunidade parlamentar.
Nesta fase da operação Pulitzer também foram presos dois coronéis da PM: Natanael Felipe de Oliveira Júnior e Moisés Granjeiro de Carvalho; e o sargento da PM Bruno Inforzato Oliveira Gomes. O G1 tenta contato com a defesa dos militares.
Em nota, a ALE-RR informou que, até as 16h40, não havia sido “notificada pelo Judiciário sobre a prisão do deputado Jalser Renier” e que “mesmo assim, foi convocada uma reunião extraordinária da Mesa Diretora, às 17h.”
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Foto: reprodução