Coronel confirma no STF: Bolsonaro mandou seguir  passos de Moraes

Ex-assessor alega que Bolsonaro pediu monitoramento de ministro do STF para 'acertar agendas'

Publicado em: 13/08/2025 às 19:20 | Atualizado em: 13/08/2025 às 19:20

Em acareação no Supremo Tribunal Federal, o coronel da reserva Marcelo Câmara admitiu que o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, no fim de 2022, foi solicitado diretamente pelo então presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a intenção era apenas “acertar agendas” e não tinha relação com o chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que, segundo a Polícia Federal, previa o assassinato de autoridades.

Mensagens obtidas pela PF mostram que Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid, também ex-assessor de Bolsonaro, trocaram informações sobre o paradeiro de Moraes em dezembro de 2022, usando o codinome “professora” para se referir ao ministro. Cid já havia dito que a ordem partiu do ex-presidente.

Nas conversas, Câmara relatou deslocamentos de Moraes entre Brasília e São Paulo e se comprometeu a avisar sobre eventuais mudanças. Ele afirmou que o uso de codinomes faz parte do “linguajar” militar e não tinha “objetivo escuso”.

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Foto: Rosinei Coutinho/STF

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